quinta-feira, 12 de março de 2009

Seminário sobre Energia e Alterações Climáticas em Serpa

A Câmara Municipal de Serpa e o Centro de Informação Europe Direct do Baixo Alentejo organizam no dia 27 deste mês um seminário subordinado ao tema "Energia e Alterações Climáticas". A conferência conta com a participação de diversos especialistas no domínio do ambiente. O seminário insere-se nas comemorações da primeira Feira das Energias Renováveis, Construção e Ambiente Sustentáveis, a decorrer de 27 a 29 de Março, como forma de despertar para uma maior consciência ambiental. Ao longo destes três dias realizar-se-ão debates, workshops e ateliers.

Cumprimentos,
Grupo Verde

segunda-feira, 9 de março de 2009

Portugal e as energias renováveis

O Estado português tem vindo a assumir-se como empresa de capital de risco dedicada a novas energias. Tem apostado nas eólicas, na energia solar fotovoltaica, na energia das ondas, nos biocombustíveis e na microgeração. Digo que o Estado se tem comportado como empresa de capital de risco porque algumas destas tecnologias acabarão por se revelar inviáveis e serão suplantadas por aquelas em que as verdadeiras empresas de capital de risco estão a apostar.
Vejamos o que está a acontecer:

Energia eólica - É a menos má de todas as apostas. Não sendo competitiva, está próxima da competitividade. O consumidor está a subsidiar as eólicas e com elas as fábricas de equipamentos que o governo tem vindo a associar aos projectos de eólicas. Na melhor das hipóteses, esta estratégia coloca Portugal numa posição secundária da cadeia de valor sem qualquer controlo sobre a inovação. Na pior, transforma Portugal e os consumidores portugueses em compradores e financiadores da inovação feita noutros países. Note-se que isto não seria grave se os portugueses não estivessem a comprar a energia eólica a preços acima dos preços de mercado.

Energia solar fotovoltáica - Portugal tem uma das maiores centrais solares da Europa. A energia é altamente subsidiada e a tecnologia é importada. A tecnologia usada não tem nada de especial e estará obsoleta dentro de 10 anos. Dentro de 10 anos sairá muito mais barato fazer uma central idêntica. Mais interessante, a energia solar térmica que tem um custo mais baixo que a energia solar fotovoltáica, mas tem sido ignorada. A solar térmica é a energia em que as empresas privadas americanas mais estão interessadas em apostar. Quanto ao futuro, o dinheiro a ganhar está no desenvolvimento de células fotovoltaicas mais eficientes. Para entrar nessa área não é preciso derreter dinheiro em centrais solares gigantescas.

Energia das ondas - Existem no mundo 3 ou 4 abordagens à energia das ondas. Estão todas em fase experimental e nenhuma tem, para já, viabilidade económica. Ninguém sabe qual das abordagens acabará por dominar o mercado. Se é que alguma. Portugal tem vindo a financiar o Pelamis. O mesmo é dizer que tem vindo a financiar os projectos de investigação de uma empresa estrangeira. Em troca de quê? Não percebo. O Pelamis é o típico projecto de capital de risco. Tanto pode ser bem-sucedido e ter um retorno colossal como pode acabar no lixo.

Bicombustíveis - Portugal está a apostar nos biocombustíveis tradicionais (etanol e biodiesel). Estes biocombustíveis estão a ser subsidiados. De outra forma não seriam competitivos. Não se trata de subsídios à investigação e desenvolvimento. Não há muito para investigar na área dos biocombustíveis tradicionais. As empresas de capital de risco americanas estão a apostar noutras coisas. No etanol celulósico e no petróleo verde. Quem é que acham que está a fazer a melhor aposta?

Microgeração - A micogeração é subsidiada e tem problemas de reestruturação de rede. Duas despesas sem ganho à vista. Curiosamente, o Estado subsidia a microgeração dos privados, mas os edifícios publicos não têm paineis solares.
Cumprimentos,
Grupo Verde

segunda-feira, 2 de março de 2009

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Cumprimentos,
Grupo Verde